Após a inserção dos novos leitos habilitados no Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo no painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Santa Maria caiu para 92,6%, no começo da tarde desta terça-feira.
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Conforme o painel da SES, que monitora a situação dos leitos em todo o Rio Grande do Sul, até as 14h07min, dos 163 leitos de UTI existentes no município - e que recebem pessoas de toda a região -, 151 estavam em uso.
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Dos 72 leitos de UTI disponibilizados via Sistema Único de Saúde (SUS), 70 estavam ocupados, o que representa uma taxa de 97,2%. O painel aponta, no entanto, que 79 estariam ocupados, por conta de um erro no sistema, que contabiliza os pacientes internados no Hospital São Francisco como pacientes do SUS, e não privados.
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Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)/
Tabela mostra o quantitativo de pacientes hospitalizados com suspeita e confirmação de Covid-19
Os dois hospitais que atendem pela rede pública em Santa Maria estão com a situação bem semelhante. O Hospital Regional, que ganhou mais oito leitos de UTI voltados ao tratamento de pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 neste mês, estava com 36 dos 38 leitos ocupados. O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), está com 100% de ocupação.
Já na rede privada, a taxa de ocupação está em 89%, com 81 das 91 vagas em uso. O painel da SES, no entanto, aponta 72 internados. O problema também ocorre devido ao erro no sistema do Estado, que não está considerando os pacientes do Hospital São Francisco como pacientes da rede privada.
Dos 151 pacientes hospitalizados em leitos intensivos, 109 são pessoas com a suspeita ou confirmação da doença. Ou seja, 72,18% das hospitalizações são de pacientes com suspeita ou diagnóstico positivo para a Covid-19 nas UTIs dos hospitais da cidade.
OCUPAÇÃO DE LEITOS DE UTI (até 14h07min)
Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)
- 34 leitos, 34 ocupados (100%)
- Desses, 20 são leitos Covid-19
Hospital Regional de Santa Maria
- 38 leitos, 36 ocupados (94,7%)
- Todos leitos são exclusivos Covid-19
Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo
- 81 leitos, 72 ocupados (88,9%)
- Desses, 51 são leitos Covid-19
Hospital São Francisco de Assis
- 10 leitos, 9 ocupados (90%)
- Todos leitos são exclusivos Covid-19
LEITOS CLÍNICOS
A ocupação dos leitos clínicos na cidade, que chegou a ultrapassar os 100% em três momentos durante os últimos 15 dias (veja o gráfico abaixo), segue pelo terceiro dia consecutivo abaixo de 80%. Dos 204 ofertados para o enfrentamento da Covid-19, 152 estão ocupados, o que representa 74,5%. Na Casa de Saúde, 13 dos 14 leitos estão ocupados. No Hospital Geral Unimed, que tem 24 leitos, 27 pacientes estão internados, o que representa 112,5%. No Hospital Regional, 87,5% dos leitos clínicos estão em uso.
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Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)/
Gráfico mostra a evolução da taxa de ocupação de leitos clínicos em Santa Maria nos últimos 15 dias
OCUPAÇÃO DE LEITOS CLÍNICOS COVID-19 (até 14h07min)
Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)
- 15 leitos, 7 ocupados (46,7%)
Hospital da Base Aérea
- 4 leitos, 1 ocupado (25%)
Hospital São Francisco de Assis
- 1 leito, nenhum ocupado (0%)
Hospital da Brigada Militar
- 6 leitos, 2 ocupados (33,3%)
Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo
- 100 leitos, 67 ocupados (67%)
Hospital Casa de Saúde
- 14 leitos, 13 ocupados (92,9%)
Hospital Geral Unimed
- 24 leitos, 27 ocupados (112,5%)
Hospital Regional de Santa Maria
- 40 leitos, 35 ocupados (87,5%)
DE ONDE SÃO OS NÚMEROS?
A reportagem do Diário publica, diariamente, a ocupação de leitos com base no site do governo do Estado que é atualizado por cada hospital. Porém, os números mudam inúmeras vezes ao longo de um mesmo dia. Como a regulação é feita em todo o Estado, ou seja, pacientes são transferidos de um município para outro, às vezes um leito consta como vazio mas é preenchido em questão de horas e até mesmo minutos. E os hospitais relatam que com as altas taxas, os leitos são preenchidos rapidamente, mas a atualização no site não segue o mesmo ritmo. Por isso é comum o mapa apontar ocupação de 90% ou 95% de ocupação e existir pacientes esperando. Isso se justifica porque o número de pacientes na fila é maior que o número de leitos vazios.